A melhor forma de homenagear um músico é apreciando sua obra.
Blogue do Dan
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Jack Bruce
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Sleepwalker
When I woke up, the world around me was different. I couldn't tell what was true or what was part of my dreams, running away from my mind. There was that kind of beautiful creatures, dressed in white, living their lives as there was no evil. And there wasn't. At first sight, the land was cold, but I was feeling warm. I was protected. Secure. Maybe life as I known was finally over. The future looks so much better. Suddenly I noticed... I was dead. Then, I reborned.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
No dia seguinte
Dez anos é muito tempo. Em uma década tudo muda. O mundo que
vemos hoje não é aquele que conhecemos em 2003. Talvez David Bowie tenha apenas
nos dado uma chance de alcançá-lo. ”Vai lá mundo, te dou uma década de vantagem.”
Mesmo assim, parece que nem saímos do lugar. O homem que caiu na Terra nos
mostrou que continua muito na nossa frente.
Tiozão caminhando pelas ruas de New York |
O disco, lançado em 08 de março, por vezes remete à Berlim. Inclusive na piada da capa. Apesar disso, exibe um frescor inebriante.
O elenco de "the next day" |
Os sopros e guitarras sujas de “Dirty boys” nos transportam
a um pub mal afamado, ou talvez a um cabaré de reputação duvidosa.
As estrelas de "Stars are out tonight" |
“Love is lost” é sobre erros e falta de esperança.
A primeira canção a ser apresentada ao mundo, em janeiro
deste ano, foi “Where are we now?”, uma triste balada, reflexiva e um tanto
quanto nostálgica. Um pequeno arrepio deve ter passado pelos fãs da fase
Berlim. A letra é cheia de referências a lugares da capital germânica. Segundo
Visconti, Bowie acreditava que as pessoas pudessem ficar chocadas com a volta
do cantor após a ausência de dez anos, e uma música mais introspectiva como
primeiro single ajudaria a superar mais facilmente o choque. Aqui temos a sua
veia megalomaníaca aflorando.
Bowie a esquerda e Tilda a direita...Oh wait... |
"Valentine´s Day" tem uma cara mais pop, mais inocente. É até meio melosa. Mas quem vê cara não vê coração. A música fala sobre um atirador em uma escola.
O ritmo alucinado, frenético, de “If you can see me”, aliado
aos bizarros efeitos de voz, trazem a tona a veia paranóica de Bowie. Não dá
pra fugir, você está sempre na mira de alguém. Quase posso ouvir os versos da
música saírem da boca de John Hurt em 1984. Aliás, uma fixação de Bowie
pré-Berlim, vide Diamond dogs (Lembrei também do Trent Reznor perseguindo Bowie no
clipe de “I´m afraid of americans”, de 1995).
Uma série de referências enigmáticas permeia “I´d rather behigh”, que fala sobre um soldado na segunda guerra. Começando por Nabokov, autor do célebre romance “Lolita”(ele morou em Berlim na década de 20, huum), passando por uma comparação entre generais desenvolvendo estratégias para a guerra e madames dissecando as futilidades do dia. Há também o jovem soldado lamentando que preferia estar morto do que treinando pontaria nos homens do deserto.
“Boss of me”é uma canção de amor bem no estilo Bowie. Tem um pouco de narcisismo, um quê de obsessão, uma pitada de melancolia.
“Dancing out in space” é outra música com uma pegada bem
pop. Pelo menos para os padrões de David Bowie. “Quase uma religião, dançar de
rosto colado/quase um afogamento, dançar solto no espaço”. Pop. Pero no mucho.
Ao tratar do silêncio, ele cita Georges Rodenbach, poeta e escritor belga(seu
pai era alemão), autor de uma obra chamada “Le règne du silence”(O reino do
silêncio).
“How does the grass grown” nos situa em um cenário gótico-clubber.
“Há um cemitério perto da estação, onde as garotas usam saias de nylon...”
Destaque nessa faixa para o trabalho vocal. A última parte não parece ser
cantada pela mesma pessoa.
A guitarra rasgante cheia de fuzz da introdução de “(You will) set the world on fire” contrasta com o refrão dançante. Os clubbers góticos da faixa anterior remexer-se-iam freneticamente nesse momento.
Não se deixe enganar pelo ritmo pseudo adocicado e
vocalizações da música “You feel so lonely you could die”. Sua letra é sombria
e depressiva. “Aposto que você vai se sentir tão triste que poderia morrer”.
Mas o clima fica pesado mesmo em “Heat”, extremamente
pesado. Dúvidas, desilusões, destino. A tragédia é iminente quando o amor não
subsiste por si, mas apenas como negação do ódio.
Se você tiver acesso à versão Deluxe do álbum, vai ouvir na
sequência a faixa bônus “So she”. Melancólica, mas esperançosa. Não deixa de
ser uma pequena canção de amor.
A vinheta instrumental
“Plan” foi usada como introdução no videoclipe de “Stars are out
tonight”, e finalmente, “I´ll Take you there”, mais animada, mas cheia de
dúvidas sobre o futuro.
Em uma semana o álbum se tornou o mais vendido do Reino
Unido. Tony Visconti afirma que 29 músicas chegaram a ser gravadas, o que daria
material suficiente para outro disco. Quanto à turnê, o futuro ainda é incerto.
Segundo Visconti, e o guitarrista Earl Slick, Bowie afirma contundentemente que
não fará shows, mas as vezes, durante as gravações, comentava como as canções
ficariam legais ao vivo. Meus dedos já estão cruzados.
Site oficial: www.davidbowie.com
Site oficial: www.davidbowie.com
terça-feira, 4 de junho de 2013
É pique, é pique...
Anos em festa!!!
A última postagem do blog faz aniversário!!!
Como diria o reverendo Fábio Massari, padroeiro dos bons sons: "Logo mais tem mais".
segunda-feira, 4 de junho de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
You can fly with me, in my High Flying Birds
Noel Gallagher esteve no Brasil no início deste mês, pela
primeira vez divulgando seu trabalho solo. Tive a oportunidade de ver o
primeiro show, dia 02 de maio no Espaço das Américas, em São Paulo. No
gargarejo.
Em primeiro lugar deve se destacar a (desculpem o trocadalho)
pontualidade britânica de Noel. O show estava marcado para as 22:00. Exatamente
às 21:55, começamos a ouvir no P.A. da casa a faixa Shoot a Hole Into the Sun,
lado B do mais recente Single, Dream On. Esta é uma faixa experimental, que
contém samples de outra música de Noel, o single anterior, If I Had a Gun. Aliás é uma ótima sacada dele samplear a si próprio.
Consegue bancar o “muderno”, sem se preocupar com os direitos autorais. Ao término
da música, exatamente às dez horas da noite, Noel subiu ao palco com sua nova
banda, intitulada Noel Gallagher´s High Flying Birds.
Noel tem uma certa preferência por lados B e músicas
obscuras. Tanto é assim que o show propriamente dito começa com duas músicas
menos conhecidas do Oasis, (It´s Good) To Be Free e Mucky Fingers. A primeira
foi lado B do single de Whatever, de 1995, e a segunda esteve presente no álbum
Don´t Believe the Truth, de 2005. Em seguida ele começa a apresentar o trabalho
solo, com a canção Everybody´s On the Run, faixa de abertura de seu álbum.
Depois tocou Dream On, cujo videoclip eu já apresentei a vocês recentemente. Na
sequencia veio a canção mais bonita dos High Flying birds até agora, If I Had a Gun (confira também o videoclipe), seguida por Good Rebel, lado B do single de
The Death Of You and Me, e depois a própria The Death of You and Me, que foi escolhida como
primeiro single dessa empreitada. A música seguinte, Freaky Teeth, não foi
lançada oficialmente e está concorrendo para ser a trilha sonora do próximo
filme de James Bond.
Chegando ao meio do show, Noel toca um dos maiores sucessos
do Oasis, Supersonic, que estava no primeiro álbum da banda, Definitely Maybe,
e foi seu primeiro single em 1994. Assim como já havia feito em outras ocasiões
com Don´t Look Back In Anger, Noel tocou a música de forma acústica, com seu
violão na base e o teclado fazendo as partes da guitarra solo. Ficou totalmente
diferente e bastante intimista. Só pra lembrar, a versão original de Supersonic
tinha toda aquela cara de Rock de Arena, funcionava muito bem em estádios. E
agora ela serve aos propósitos de Noel de realizar shows menores e fazer com que
o público sinta-se mais próximo dele. Continua funcionando perfeitamente bem.
Preciso dizer que o público a cantou (e a maioria das outras músicas) em
uníssono?
Depois disso Noel
volta ao seu repertório, com a bela canção (I Wanna Live In a Dream In My)Record Machine, sem fazer a inserção de Stop The Clocks que aparece na gravação
do disco. Depois vem Aka... What a Life, segundo single, e a apresentação da
banda, que devo dizer, é bem peculiar. Temos um tecladista, Mike Rowe, que se
sacode todo como se fosse um DJ arrepiando nas pick-ups. Um baterista, Jeremy Stacey, que parece
ter saído do filme Laranja Mecânica. Um guitarrista, Tim Smith, que parece com um professor de
matemática de segundo grau (ensino médio para os mais moços). E um baixista,
Russell Pritchard, que parece com um baixista normal de banda de rock.
A seguir, mais uma do Oasis, Talk Tonight, uma linda balada
que foi, adivinhem, lado B do primeiro single do Oasis a atingir o topo da
parada britânica, em 1995. Uma música solo para continuar, Soldier Boys and Jesus Freaks, e depois a música que, em minha opinião, é o trabalho solo em que
Noel mais se distanciou do Oasis, a sacolejante Aka... Broken Arrow, que Noel dedicou "for all the ladies". A bunitinha
Half the World Away, também do single de Whatever (mais um) foi seguida por (StrandedOn) The Wrong Beach e fim da primeira parte.
Para o bis tivemos uma surpresa. Noel é conhecido por
dificilmente variar seu repertório. Desde os tempos de Oasis vemos que os sets
têm raras alterações entre o início e o fim de uma turnê. Noel Gallagher é um
baita de um preguiçoso. Em shows anteriores Noel começava o bis com
Whatever e depois tocava The Importance of Being Idle (ops, essa música fala
sobre preguiça), ambas do Oasis. Em São Paulo, tivemos o privilégio de ver e ouvir
a primeira apresentação ao vivo de Let The Lord Shine a Light On Me, lado B do
single de Aka... What a Life, abrindo o bis, e deixando The Importance de lado.
Depois Noel foi só Oasis. Tocou
Whatever, o hit Little by Little, do disco Heathen Chemistry, de 2002 e fechou
o show com uma magnífica
interpretação de Don´t Look Back In Anger, grande sucesso do disco (What´s The
Story) Morning Glory?, de 1995.
Depois de uma hora e meia, fomos pra casa (ainda deu pra
pegar o metrô, u-hu), com sorrisos nos rostos e uma sopinha quente nos esperando.
Foi um show ótimo, cujo único defeito foi não ser maior. Repertório pra isso o
Noel tem, afinal quase todas as músicas do Oasis são dele. Do seu novo arsenal
faltaram três músicas. A lendária Stop the Clocks, última faixa do disco, A Simple
Game of Genius, faixa bônus da versão de luxo do disco, e I´d Pick You Every
Time, lado B do single de If I Had A Gun. Velho ele não está. Tem aquele garoto
de Liverpool, um tal de Paul que anda fazendo shows de quase três horas (ele
completa setenta anos em 18 de junho deste ano, enquanto Noel tem só 44).
Mas... acho que eu já disse que Noel é um puta dum preguiçoso.
Site oficial: http://www.noelgallagher.com
Todos os vídeos foram retirados do Youtube, de diversos usuários diferentes.
As fotos foram tiradas por mim e pela minha esposa.
Site oficial: http://www.noelgallagher.com
Todos os vídeos foram retirados do Youtube, de diversos usuários diferentes.
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