Nesse fim de semana eu não consegui postar nada porque estava ocupado enchendo a pança de peru e panetone. Pra não passar tão em branco, vou comentar alguns assuntos rapidamente.
Em primeiro lugar vou sugerir um blog. Do Humberto Gessinger, membro do engenheiros do Hawai e do Pouca Vogal. Chama-se blogessinger, e nele humberto posta crônicas com seu inconfundível estilo de escrever. Ele usa muitos trocadilhos e brinca com os diversos sentidos que algumas palavras podem ter. Quem gosta de EngHaw vai se deliciar com os textos. Mas, talvez, a melhor parte do blog sejam os links para as twitcams que ele vem fazendo ao longo do ano. Em cada uma ele apresenta versões intimistas para músicas de seu vasto repertório e conversa um pouco com o público, tudo isso de dentro de seu estúdio. Recentemente ele começou a tocar discos do Engenheiros na íntegra. O do mês de dezembro foi Surfando Karmas e DNA. Versões one man band, com guitarra, pedal board, pads de bateria eletrônica. Se não são as melhores versões dessas músicas, o mínimo que se pode dizer é que são muito divertidas.
A próxima twitcam será em 11/01, 22:00, e terá o disco Simples de Coração na íntegra. Imperdível.
A notícia musical mais interessante da semana deve agradar os fãs de Hard Rock. O Van Halen vai sair em turnê em 2012. Continuam os irmãos Van Halen, Eddie e Alex, volta o vocalista original David Lee Roth e para o baixo entra o filho de Eddie, Wolfgang Van Halen. É comum bandas em decadência virem tocar no Brasil. Será que eles vem? Os ingressos começam a ser vendidos em 10/01. Confira o vídeo de divulgação abaixo e no site oficial.
Bom, é isso aí. Ano que vem estou de volta com algumas resenhas de discos. Alguns clássicos, alguns lançamentos. Desejo boas festas e um ótimo ano a todos e me despeço com uma tirinha que resume bem o sentimento de muita gente em relação à passagem do tempo.
P.S. Tirinha retirada do excelente blog Mentirinhas. Recomendo você passar lá antes de desligar seu computador.
Retomando a retrospectiva 2011, hoje vou falar sobre um
excelente disco nacional lançado este ano. Contos de Água e Fogo, da banda
gaúcha Nenhum de Nós. É nesse ponto da conversa que eu acredito que muitos vão
pensar o seguinte: “opa, que bacana, eles se reuniram de novo, depois de uns
vinte anos”. Não é bem assim. O Nenhum de Nós foi formado em Porto Alegre, em
1986 e de seus primeiros discos saíram alguns dos clássicos do rock oitentista
brasileiro, o conhecido BRock. As manjadíssimas Camila, Camila e Astronauta de Mármore (cover de Starman do Bowie), além de Sobre o Tempo, que foi trilha de
novela da Globo. Na época da ascensão dos sertanejos, no início dos anos 90,
muitas bandas de rock foram chutadas pra fora da grande mídia(plim-plim), entre
elas o Nenhum. Ao contrário de muitas bandas que acabaram se separando, ou enveredando por caminhos diferentes do rock, o
Nenhum continuou, firme e forte, seguindo com sua base estética de rock britânico, e lançando discos cada vez melhores. No total
foram 14 discos, sendo quatro ao vivo, três acústicos e um elétrico.
esquerda para direita: Veco, João, Thedy, Sady, Carlos
Show em Curitiba, em agosto deste ano
Este é o mais recente, lançado em abril deste ano. Começa
com a música Corrente, com uma sonoridade potente, guitarras intensas, mesmo
com pouca distorção. Os detalhes de slap no baixo dão um gostinho mais suingado
na marcação forte e impactante da bateria. A letra fala sobre uma relação que
chegou num beco sem saída, em que não há mais nada de novo pra acontecer. Como
bônus tem um trecho instrumental com o teclado tocando a música The Model do
Kraftwerk. É a mesma que o U2 tocou junto com Seu Jorge no show de 13 de abril
no Morumbi.
A segunda canção , Água e Fogo, com peso tão empolgante
quanto a primeira, traz a participação de Duca Leindecker do Cidadão Quem e
Pouca Vogal, cantando sobre a afirmação da auto estima. Sobre não precisar que
os outros sintam pena, e sim que nos deixem reerguer e seguir em frente
pelos próprios pés. Reparem nos detalhes
de backing vocals, fazendo harmonizações perfeitas. Quase um Beach Boys.
A seguir vem a música Último Beijo. Uma
bela balada que de certa forma é uma continuação do tema da primeira faixa.
Aqui, o ponto central é o momento em que se percebe que o relacionamento já deu
tudo o que tinha que dar. A vocalização do início lembra uma música do Kings Of
Leon, Use Somebody.
Primavera no Coração é uma estória baseada em fatos reais sobre uma garota que não
tem muita perspectiva de futuro(ou mesmo de presente) na pequena cidade do
interior em que vive, e enxerga na banda que vem ali tocar, a chance de fugir
para uma provável vida melhor. É uma das mais belas músicas do disco, e assim
como Natasha do Capital Inicial tem um que de She´s Leaving Home dos Beatles.
Outono Outubro foi a primeira música a ser apresentada ao público, ainda no período de gravações em 2010. É a música com a pegada mais roqueira. Cozinha
perfeita. E o tema também é recorrente no rock. A fuga de casa é a eterna
metáfora da mudança radical que as vezes precisamos fazer na vida.
Carlos Stein toca sua slide guitar no Curitiba Master Hall
A canção entitulada Pequena, composição em parceria do vocalista
Thedy Correa com Fábio Cascadura da excelente banda baiana Cascadura é um pai
falando com sua filha. No disco anterior, Pequeno Universo, o Nenhum já tinha uma
música desse tipo, Dança do Tempo. Mas era mais no tom de conselhos do pai pro
filho. Nesta Pequena, o destaque é o arranjo com banjo, bandolim e gaita de
boca, dando um acento folk.
Mistério Profundo também é uma parceria. Thedy com os
músicos uruguaios Federico
Lima, mais conhecido como Socio, e Sebástian Peralta. Se normalmente fala-se nas músicas sobre
sentir-se perdido, sem rumo, nesta a perspectiva é de apoiar alguém próximo que
está se sentindo assim.
Exatamente Igual começa com um bonito dedilhado de guitarra
e depois um arranjo de cordas, emoldurando a letra que, ao contrário da
primeira e terceira faixas, é sobre não desistir do relacionamento quando as
coisas parecem ruins.
Melhor e Diferente, parceria do Thedy com o músico Leoni
(aquele que foi do Kid Abelha e fez sucesso solo com a música Garotos 2), fala
sobre a internet e como as pessoas criam personagens pra si próprias na rede,
tentando viver uma realidade inventada.
A música Início e Fim, é meio irmã de Exatamente Igual, só
que ao invés do dedilhado de guitarra, começa com uma delicada base de piano e
o acompanhamento do quarteto de cordas.
A música Um Pouquinho com sua levadinha de ukelelê, e uma
excelente percussão, meio Café Tacuba, meio música nativista gaucha, é a mais bonitinha do álbum. Fala de uma
relação atribulada. Ele ama, ela não dá muita bola, o amor dele vai morrendo cada
dia um pouquinho.
A penúltima faixa do álbum, Tu Vício, tem uma bela letra
cantada em espanhol. Eu, particularmente acho que a sonoridade da língua
espanhola casa muito bem com o Rock. Pelo meio da música um acordeom toca umas
frases de tango, reforçando a homenagem aos hermanos argentinos. Apesar da presença de dois uruguaios e um argentino no disco, a letra em espanhol desta canção é assinada apenas pelos integrantes da banda.
Para fechar o disco muito bem, 3000 Léguas, mais uma parceria, desta vez com
o argentino Pablo Uranga. Guitarras,
baixo e bateria, muito bem colocadas, numa sonoridade que é, ao mesmo tempo,
oitentista e moderna
O Nenhum de Nós segue em turnê pelo país, especialmente pela
região sul. No início do mês fez uma temporada acústica no Theatro São Pedro em
Porto Alegre, e começam o ano tocando no interior de Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Se você estiver perto de onde eles estarão tocando eu recomendo
não perder de jeito nenhum.
Outro dia escutei alguém falando que ouve todo tipo de música. Vocês já devem ter ouvido isso, se é que não falaram. Às vezes eu fico indignado, porque normalmente quem fala que ouve de tudo, só ouve mesmo aqueles poucos estilos que estão na grande mídia. Pop(tipo Gaga e Bieber), sertanejo(universitário???), forró(universitário???), axé e pagode. Às vezes um rock(???) do Jota Quest. Essas pessoas não se tocam que a gama musical é um tantinho mais extensa.
Por isso eu proponho um desafio. É o seguinte; Desafio você a assistir todos os vídeos abaixo e GOSTAR de todos eles.
Vamos começar com Radiohead e o videoclip da música Lotus Flower, do mais recente disco dos ingleses, King of the Limbs. Esse disco, como todos os do Radiohead foi elogiadíssimo pela crítica mundial. Apareceu nas listas de melhores do ano de revistas como a Rolling Stone e a New Musical Express. Há vários mash ups desse video com Tom Yorke dançando outras músicas. Até a vinheta de carnaval da rede Globo foi usada pra fazer o cara rebolar.
Breaking The Law é do disco British Steel, lançado pelo Judas Priest em 1980. Legítimo representante da New Wave Of British Heavy Metal, ou NWOBHM, para os íntimos. Reparem que usar calças coloridas não é exclusividade do nosso querido Restart.
Um pouco de Jazz. Esta música chama-se All Blues. É do disco Kind of Blue, de 1959. Com este disco Miles Davis criou uma forma totalmente nova de tocar Jazz. Fala-se que a música moderna deve tudo a este disco. Talvez seja exagero. Talvez não. O fato é que Miles foi um dos maiores gênios da música do século 20. Aprecie sem moderação.
A Nona Sinfonia de Beethoven foi concluída em 1824. A cena é do filme Minha Amada Imortal. No filme, Beethoven, interpretado por Gary Oldman, conta que suas obras musicais são tentativas de representar imagens com sons. Mesmo estando num estágio avançado de surdez, ele compôs um dos grandes ícones da cultura ocidental.
Já que falei de dois gênios internacionais, vou falar sobre
um gênio brasileiro. Pixinguinha. Com sua banda, Os Oito Batutas, conquistou
Paris, enquanto em sua terra natal, era malhado pela mídia da época. Diziam que
sua música não era boa porque era muito americanizada. Seu choro tinha clara
influência de Jazz. E de muitas coisas mais. Era um músico completo.
Instrumentista, intérprete, compositor, maestro, arranjador. Para os europeus,
Pixinguinha era músico erudito. Esta música, Carinhoso(aquela do Chambinho, o queijinho do coração),
foi composta em 1917, com letra de João de Barro, e hoje, a despeito dos críticos musicais do início do
século 20, é um dos símbolos da música brasileira.
Vamos falar dos extremos. A banda Napalm Death foi formada na Inglaterra em 1982, e é considerada a primeira banda de grindcore, estilo que mescla a fúria do Punk Rock com a técnica do Heavy Metal e a velocidade e os vocais guturais do Trash Metal. A música em questão chama-se Scum e foi lançada no disco de mesmo nome de 1987. Reparem no lirismo da letra.
Agora o outro extremo. Se você nunca ouviu essa música é porque devia estar em outro planeta desde 2002. A baiana Ivete Sangalo, depois de sair da Banda Eva e estabelecer uma bem sucedida carreira solo, lançou em 2003 um disco entitulado Clube Carnavalesco Inocentes em Progresso, cujo primeiro single foi esta música. Apesar de muita gente achar que seu nome é Poeira, na verdade é Sorte Grande. É provavelmente o maior sucesso da cantora até agora.
Este rapaz é o maior ídolo da música sertaneja universitária(???) no Brasil atualmente. É bem difícil passar incólume a suas músicas, já que elas tocam o tempo todo na TV, nas rádios, nos carros parados nos postos de gasolina. Apesar de Luan Santana olhar meio torto pro seu público, já conseguiu, com apenas um disco de estúdio e dois discos ao vivo(???), desbancar muito cantor mais velho, experiente e talentoso que ele.
Deixei pro final uma de minhas bandas favoritas, Sigur Rós. Eles são da Islândia, lá no norte da Europa, e definitivamente não tem uma sonoridade muito fácil. Muitos dos vocais são em falsete, em algumas músicas o guitarrista usa um arco de cello nas cordas da guitarra, as músicas têm um andamento em geral beeem lento. Em um de seus discos, chamado apenas de ( ), nenhuma música tem nome, todas são cantadas numa língua inventada pelo vocalista, e a mais curta dura pouco mais de seis minutos. Enfim, eu adoro eles. Qualquer dia eu faço um post dedicado exclusivamente a algum de seus discos. A música aqui em baixo chama-se Svefn-G-Englar, que significa Sonâmbulo em islandês, é do disco Ágætis Byrjun, de 1999.
Gostaram?
O objetivo deste post não é mostrar se uma música, um artista ou um gênero é bom ou ruim. Eu quis lembrar que a diversidade musical é muito maior do que aquilo que toca nas rádios FM e nos programas de televisão. Espero, sinceramente, que você tenha visto algo que não conhecia e passado a apreciar.
P.S. Na verdade o objetivo é fazer o pessoal pensar duas vezes antes de falar "eu ouço de tudo".
Para
comemorar os primeiros cem acessos do blog, esse post vai ser sobre um
dos maiores clássicos do rock nacional: Cabeça Dinossauro, álbum de 1986
dos Titãs.
É
claro que hoje os Titãs estão muito aquém de sua melhor forma. Mas não é
o caso deste disco. Ele marca o início do processo de consolidação dos
Titãs como uma das maiores bandas do Brasil.
Não lembro a primeira vez que ouvi as músicas deste
álbum. Mas lembro que com 7 pra 8 anos, Polícia e Família já não me eram
desconhecidas. São dois dos clássicos contidos aqui. E aliás, a quantidade de
clássicos é tanta que um ouvinte desavisado, num primeiro momento, pode achar
que se trata de uma coletânea. Quase todas as faixas tornaram-se hits
radiofônicos ou clipes do Fantástico. Nove das treze faixas entraram na
coletânea 84-94. E duas das que ficaram de fora poderiam muito bem ter sido
incluídas, AA-UU, que o Sergio Britto apresentou no MTV ao vivo como a música
mais idiota que eles já fizeram, e Estado Violência, composta por Charles Gavin
e que, assim como Polícia, relembra o episódio da prisão de Tony Belloto e
Arnaldo Antunes.
O foco do álbum são as instituições. Família, igreja,
polícia, estado. As vezes tratadas de forma irônica, as vezes contestatória, as
vezes até agressiva.
No clipe de Cabeça Dinossauro
A faixa título, Cabeça Dinossauro, faz o processo de
composição parecer tão fácil... dois titãs batucavam e cantarolavam a melodia
primitiva durante a noite, no ônibus da turnê. Foram acordando os colegas um a
um, até que alguém grita algo como: "Cala a boca seus
CABEÇA...DINOSSAUROS". Alguém ainda inclui um PANÇA DE MAMUTE e por fim
concluem que os notívagos batuqueiros tem um tremendo de um ESPÍRITO DE PORCO.
Fácil assim. A base da música é uma adaptação do "Cerimonial para afugentar os maus espíritos" dos índios do Xingu, e o arranjo colocado sobre
ela é, nas palavras do falecido Marcelo Fromer, bastante original.
AA-UU, como dito acima, foi taxada de idiota pelo seu
próprio crooner. Mas sua letra é mais do que isso. Ela trata sobre a sensação
de estar perdendo a sanidade. É um tema recorrente no rock, e aqui ele foi
colocado de forma bem direta e bem sintética.
A música Igreja quase provocou um racha na banda. Arnaldo e Paulo
Miklos retiravam-se do palco durante a execução da música. Achavam que a letra
tocava de forma agressiva num tema delicado. Após algum tempo acabaram se mudando
de opinião.
Polícia é praticamente um punk rock. O Sepultura fez uma
versão trash desta canção e a partir daí Sergio Britto começou a usar um vocal
gutural nos shows.
Sobre o mesmo tema da música anterior, a prisão de Tony e
Arnaldo, Estado Violência vai por um outro caminho, mais pop, mas não menos
contestador. A seguir o enorme contraste que é A Face Do Destruidor. Quase um
grindcore, talvez um trash punk(me perdoem os fãs destes gêneros). A batida
rápida e a letra nonsense são uma preparação excelente para o que vem a seguir.
Porrada e Tô Cansado
formam uma boa dupla, as duas tratando sobre a indignação. Enquanto a primeira
tem um viés violento, “porrada nos caras que não fazem nada”, a segunda mostra
o cansaço e a frustração de não conseguir mudar aquilo que indigna.
A faixa mais polêmica do álbum é sem dúvida nenhuma Bichos Escrotos. Ela é uma herança da época em que Paulo
Miklos fazia parte de um grupo de teatro performático. A parte da oncinha
pintada, coelhinho peludo e etc., tinha um verso adicional na época, vaquinha
mococa. Era no momento em que Paulo recitava esses amáveis versos que um colega
do teatro rasgava um saco de leite derramando todo seu conteúdo por cima do
jovem Miklos. Por conta dos palavrões a música teve radiodifusão e execução
pública proibidos pelos censores. Essa advertência vinha por escrito no encarte
dos LPs e ainda está lá no encarte dos CDs, como lembrança de uma época negra
em que um artista não podia falar o que bem entendesse. Ou então eles não
quiseram pagar alguém pra reformular o encarte. Esse video que eu coloquei ali
em cima mostra os Titãs tocando no programa do Chacrinha em 1988, após o final
da censura.
A próxima música, Familia, acaba ficando bem inocente
depois dos palavrões de Bichos Escrotos. A levadinha meio reggae é bem gostosa
e é fácil imaginar todas as cenas que Nando Reis descreve na letra.
Encarte
Homem Primata fala sobre como os instintos animais sobrevivem
à modernidade. Entre os versos cantados em inglês aparece a expressão Concrete
Jungle, que imediatamente nos remete à música de mesmo nome dos Wailers, com
Bob Marley a frente dos vocais (mas esse trecho em inglês não tem nada a ver
com a letra da música). Essa referência foi enfatizada mais tarde, já que eles
passaram a utilizar um acento reggae/ska na música que não constava na gravação
original. Como exemplo disso basta ouvir o disco MTV ao vivo ou o Acústico.
Mas reggae mesmo é a faixa Dívidas. Ela tem um clima até
meio praieiro. Lembra bastante algumas coisas da fase brega dos Titãs.
O Quê é a primeira experiência concretista lançada pelo
grupo. Arnaldo Antunes, anos mais tarde em sua carreira solo exploraria os
limites do concretismo em áudio. Essa faixa também marca o início das
experimentações eletrônicas, que ficaram frequentes nos discos seguintes,
atingindo seu auge no disco Õ Blésq Blom, de 1989.
Definitivamente, Cabeça Dinossauro é um disco conceitual.
É fácil enxergá-lo como uma série de variações sobre o mesmo tema, que seria o relacionamento
do homem com a sociedade em que vive.
Agora, nos resta esperar e rezar para que os boatos sobre
a volta dos ex-integrantes para a turnê de comemoração dos trinta anos da banda,
em 2012, sejam verdadeiros.
A notícia se confirmando eu vou no show, quando passarem
aqui por Curitiba, e depois conto pra vocês como foi, ok?